A Universidade Estadual Paulista (Unesp) contratou um advogado externo para a defesa do reitor em um processo de improbidade administrativa, mesmo dispondo de uma equipe interna de procuradores concursados e comissionados. A contratação, sem licitação, custará R$ 230 mil aos cofres da instituição e foi justificada pela universidade como uma ação pontual e fundamentada legalmente. A Unesp reforçou que a escolha do profissional se deu pela qualidade técnica do serviço prestado.
O caso de improbidade envolve suspeitas de nepotismo relacionadas à nomeação de uma procuradora jurídica, filha de um assessor da universidade, que recebeu salários superiores aos de servidores concursados em funções semelhantes. O Ministério Público de São Paulo busca responsabilizar o reitor pela devolução dos valores pagos à procuradora, porém a defesa alega que ele não é o responsável direto pelos pagamentos dos funcionários da instituição.
Esta é a segunda vez que o advogado em questão é contratado para representar a universidade em situações de embates jurídicos, incluindo uma representação contra o promotor de Justiça responsável pela ação de improbidade e uma ação na Ordem dos Advogados do Brasil contra uma advogada que denunciou irregularidades na contratação de servidores comissionados.