Durante a COP29, as delegações da Ucrânia e da Palestina destacaram os efeitos devastadores das guerras em seus países sobre o meio ambiente. A ministra de Proteção Ambiental da Ucrânia, Svitlana Grynchuk, enfatizou que a guerra com a Rússia tem comprometido o Acordo de Paris, citando o impacto de incêndios florestais em 3 milhões de hectares de floresta. Esses incêndios reduziram a capacidade de absorção de gases do efeito estufa da Ucrânia em 1,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono.
Na mesma linha, a presidente da Autoridade de Qualidade Ambiental da Palestina, Nisreen Tamimi, relatou que a guerra em Gaza tem causado sérios danos ambientais, como a poluição de fontes de água e a dispersão de materiais perigosos. Além disso, ela mencionou que a reconstrução da região, embora necessária, resultaria na liberação de aproximadamente 30 milhões de toneladas de dióxido de carbono, um agravante para as mudanças climáticas.
Esses alertas foram feitos em um momento crucial para o debate sobre o clima global, em meio a discussões sobre os compromissos internacionais e a necessidade urgente de ações concretas para combater os efeitos das mudanças climáticas. A COP29 continua sendo um espaço onde temas como guerra e meio ambiente são centrais, refletindo a interconexão entre conflitos geopolíticos e a sustentabilidade ambiental global.