O assessor de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, afirmou que o novo governo pretende priorizar a paz na Ucrânia sem exigir a devolução da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014. Em entrevista à BBC, o estrategista republicano destacou que a administração Trump buscará um acordo com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, pautado por uma “visão realista” de paz, evitando uma postura que coloque a recuperação da Crimeia como condição para o fim do conflito.
Segundo o assessor, a abordagem norte-americana não incluirá apoio militar para retomada da Crimeia, enfatizando que o objetivo será encerrar as hostilidades e salvar vidas. A mensagem do novo governo indica que a paz deve ser o foco, com uma negociação honesta e sem expectativas de uma vitória militar completa, refletindo o interesse em evitar mais confrontos e reduzir as perdas humanas.
Durante a campanha, Trump chegou a afirmar que resolveria o conflito em um dia, embora sem fornecer detalhes sobre como atingiria tal solução. Após as eleições, Trump e Zelenskiy discutiram o tema em uma conversa que, de acordo com a imprensa, contou também com a presença do empresário Elon Musk. Zelenskiy, no entanto, mantém sua posição de que a paz só será possível com a retirada total das forças russas e a devolução dos territórios ocupados.