O recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou propostas conservadoras que retomam políticas de seu primeiro mandato, com foco em imigração, economia, aborto e política externa. No tema migratório, Trump promete adotar medidas rigorosas, como a maior deportação em massa da história dos EUA e o endurecimento da entrada de imigrantes ilegais, mencionando questões de segurança que, contudo, não têm apoio em dados recentes de criminalidade. Ele também planeja retomar o projeto de construção do muro na fronteira com o México, uma proposta marcante de sua gestão anterior.
Na economia, Trump aposta no corte de impostos para incentivar a produção doméstica e na aplicação de tarifas mais altas sobre produtos importados, especialmente da China, uma estratégia de protecionismo econômico. Além disso, propõe eliminar impostos sobre horas extras e gorjetas para aliviar a carga tributária dos trabalhadores. Críticos observam que essas medidas podem ampliar o déficit público, já que cortes de impostos semelhantes no passado resultaram em um aumento do déficit fiscal e desafios no equilíbrio das contas.
Em política externa, Trump adotou uma postura de redução do envolvimento dos EUA em conflitos internacionais, condicionando o apoio militar a Israel ao término do conflito atual e expressando dúvidas sobre a continuidade da ajuda à Ucrânia. Durante seu primeiro mandato, Trump retirou os EUA de diversos acordos internacionais e adotou uma política de sanções, particularmente com o Irã, medidas que agora ele parece disposto a intensificar, dependendo do cenário internacional e da posição dos aliados dos EUA em relação aos conflitos em andamento.