Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos para um segundo mandato e promete resgatar boa parte das políticas de sua primeira gestão. Em sua campanha, o republicano apresentou propostas focadas em imigração, economia, aborto e política externa, enfatizando um retorno a medidas protecionistas e conservadoras. No tema migratório, Trump reiterou sua intenção de intensificar a deportação de imigrantes e fortalecer a segurança nas fronteiras, retomando políticas que adotou de 2017 a 2021, como o endurecimento das regras para trabalhadores estrangeiros. Ele também sugere uma política mais rígida quanto à entrada de imigrantes ilegais, justificando que isso reduziria a criminalidade, embora dados recentes do FBI apontem para uma queda nos crimes violentos no país.
No campo econômico, Trump propõe cortes de impostos para corporações, tarifas elevadas para importações e o fim dos incentivos à transição energética, mantendo o apoio à indústria de petróleo e gás. A redução de impostos sobre importações e corporativos visa, segundo ele, incentivar a produção nacional, mas analistas destacam que tais medidas podem agravar o déficit fiscal em até US$ 6,6 trilhões ao longo da próxima década. Em relação ao aborto, Trump propõe que o debate seja mantido em nível estadual, prometendo apoio a centros pró-vida e declarando que não aprovaria uma proibição federal ao aborto, nem restringiria o uso de medicamentos abortivos.
Na esfera de política externa, Trump enfatiza a retirada dos EUA de conflitos internacionais, especialmente no Oriente Médio e na Ucrânia, mas ainda não detalhou como promoveria esses acordos de paz. Ele pediu ao governo israelense que encerre o conflito em Gaza e indicou que o apoio militar norte-americano à Ucrânia pode ser reconsiderado, refletindo uma posição mais isolacionista. Durante seu primeiro mandato, Trump já havia adotado uma postura semelhante, retirando os EUA de tratados e impondo sanções, como as feitas contra o Irã após sair do acordo nuclear.