O presidente eleito dos Estados Unidos demonstrou ceticismo sobre a possibilidade de dividir grandes empresas de tecnologia, como o Google, que atualmente enfrenta processos antitruste por monopólio nas buscas. Especula-se que ele poderá reduzir algumas das políticas rigorosas adotadas no governo anterior, como a tentativa de desmembramento da companhia Alphabet, controladora do Google, por seu domínio no mercado. Especialistas acreditam que Trump seguirá com processos contra grandes empresas de tecnologia, mas pode adotar uma abordagem mais moderada quanto a ações drásticas, como a divisão de grandes corporações.
Atualmente, o Departamento de Justiça dos EUA está conduzindo dois processos antitruste contra o Google — um sobre seu motor de buscas e outro relacionado a tecnologia de publicidade — além de um processo contra a Apple. A Comissão Federal de Comércio (FTC) também processa outras big techs, como a Meta e a Amazon. Como parte das possíveis resoluções, o DOJ sugeriu que o Google se desfaça de partes do seu negócio, como o navegador Chrome, e encerre acordos que o tornam o mecanismo de busca padrão em dispositivos como o iPhone. No entanto, qualquer decisão final sobre o caso deve sair apenas em 2025, o que permitirá à nova administração revisar ou alterar o rumo dos processos em andamento.
Além das ações contra big techs, Trump poderá reconsiderar políticas que, sob o governo Biden, desestimularam fusões empresariais, como o bloqueio de cláusulas de não concorrência e as diretrizes rígidas sobre fusões adotadas em 2023. Analistas preveem que a FTC e o DOJ revisem essas diretrizes, promovendo uma abordagem menos hostil à consolidação corporativa. A efetividade dessas mudanças dependerá da nomeação de um substituto para a liderança da FTC, o que permitiria à comissão uma maioria republicana para revisitar as iniciativas mais restritivas da administração anterior.