O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tem a possibilidade de consolidar e até expandir a maioria conservadora na Suprema Corte do país, caso consiga indicar novos juízes durante seu mandato. Com três dos atuais juízes conservadores já em idade avançada, especialistas apontam que aposentadorias voluntárias de Clarence Thomas, Samuel Alito e possivelmente do presidente da Corte, John Roberts, podem ocorrer em breve, permitindo que Trump nomeie substitutos mais jovens para os cargos vitalícios.
Durante seu primeiro mandato, Trump já indicou três juízes conservadores, solidificando uma divisão ideológica de seis a três na Suprema Corte, após a morte da juíza progressista Ruth Bader Ginsburg. Desde então, a corte passou a tomar decisões que restringiram direitos ao aborto, ampliaram o direito ao porte de armas e limitaram o alcance de agências reguladoras. Caso alguma das três juízas progressistas atuais se aposente, Trump poderá estabelecer uma maioria conservadora de até sete a dois, transformando ainda mais o perfil da Corte.
Com a posse de Trump e o controle do Senado pelos republicanos, juízes como Sonia Sotomayor, progressista e com problemas de saúde, enfrentam pressão para considerar a aposentadoria, apesar de até o momento ela não ter dado sinais de intenção de se afastar. No entanto, analistas consideram improvável uma saída imediata, especialmente antes de 20 de janeiro, quando Trump tomará posse.