A reeleição de Donald Trump e seu plano econômico, que inclui redução de impostos, aumento das tarifas sobre importações e controle mais rígido sobre a imigração, pode trazer consequências inflacionárias tanto para os Estados Unidos quanto para o cenário global. Com o apoio do Senado, há uma possibilidade crescente de que as medidas propostas possam ser implementadas, elevando as expectativas de inflação e a valorização do dólar. Os mercados reagem positivamente, com alta nas ações e nos rendimentos dos títulos do Tesouro, enquanto investidores se preparam para possíveis pressões inflacionárias geradas por essas políticas protecionistas.
As tarifas propostas por Trump, especialmente sobre importações da China e do México, aumentariam os custos para consumidores e empresas americanas e poderiam elevar os salários devido a uma redução no número de imigrantes. Essas políticas, se executadas, têm potencial para afetar significativamente a produção econômica dos EUA. Analistas projetam que a inflação poderá limitar cortes de juros pelo Federal Reserve, impactando a política monetária. A médio prazo, investidores e economistas esperam que as tarifas de Trump aumentem o custo de produtos importados, gerando inflação interna e menor crescimento econômico.
No contexto global, as tarifas de Trump poderiam desencadear uma onda de retaliações comerciais, elevando a inflação em outras regiões e reduzindo o crescimento econômico mundial. Países com grandes superávits comerciais com os EUA, como China, Alemanha e México, poderiam enfrentar perdas substanciais nas exportações, com potencial queda na produção econômica. No caso alemão, o Instituto Ifo estima uma possível queda de 15% nas exportações para os EUA. O fortalecimento do dólar ainda impactaria o custo das commodities, afetando economias dependentes de importações, enquanto possíveis exportações excedentes da China poderiam reforçar a pressão sobre a desinflação em mercados emergentes.