O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quinta-feira (14/11) que nomeará Robert F. Kennedy Jr. para comandar o Departamento de Saúde e Serviços Humanos. O político, conhecido por suas posições contrárias às vacinas, assumiria a liderança de uma agência responsável por uma ampla gama de questões, incluindo medicamentos, segurança alimentar e programas de saúde como o Medicare e Medicaid. Kennedy, que abandonou sua candidatura à presidência após um acordo para apoiar Trump, tem sido uma figura polêmica no debate sobre saúde pública, especialmente por suas críticas à vacinação e à eficácia de tratamentos médicos.
Kennedy ganhou notoriedade por promover teorias desacreditadas, como a alegação de que vacinas causam autismo, e por apoiar o uso de hidroxicloroquina durante a pandemia de covid-19, mesmo após estudos clínicos terem mostrado que o medicamento não era eficaz. Além disso, ele defende práticas como o consumo de leite não pasteurizado, desafiando alertas de autoridades sanitárias, e já fez declarações contrárias a medidas preventivas como a fluoretação da água. Essas posições, muitas vezes controversas, geraram críticas, principalmente dentro da comunidade científica e de saúde pública.
Apesar de ser um nome que divide opiniões, a nomeação de Kennedy ainda precisa ser confirmada pelo Senado, onde alguns senadores republicanos expressaram hesitação em relação à sua candidatura devido à sua postura e atitudes incomuns ao longo da carreira. Embora Kennedy seja visto com cautela por alguns membros do partido, sua nomeação pode seguir em frente, caso obtenha o apoio necessário na câmara.