O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a nomeação de Pete Hegseth como novo secretário da Defesa, uma escolha que surpreendeu o Pentágono e gerou desconfiança entre autoridades militares. Hegseth, veterano da Guarda Nacional e comentarista da Fox News, é conhecido por suas opiniões conservadoras e por críticas ao que considera políticas “progressistas” nas Forças Armadas dos EUA. No entanto, sua nomeação enfrenta resistência, especialmente de servidores da área, que apontam sua falta de experiência em gestão e liderança militar, considerando-o inadequado para o cargo. A decisão final sobre sua nomeação depende da aprovação do Senado.
Hegseth, que serviu em missões no Afeganistão, Iraque e na Baía de Guantánamo, ganhou notoriedade nos últimos anos como apresentador de TV, mas sua carreira política foi limitada, com uma candidatura ao Senado em Minnesota em 2012 que não obteve sucesso. Além de suas frequentes participações na Fox News, ele publicou livros nos quais defende uma reformulação das Forças Armadas e critica o que vê como uma agenda “woke”, acusando a diversidade e a inclusão de enfraquecerem os militares. Suas declarações polêmicas também incluem ataques à OTAN e à postura americana em relação à Ucrânia, além de propor mudanças drásticas na estrutura do Departamento de Defesa.
No cenário internacional, a nomeação de Hegseth gerou ceticismo, especialmente na Europa, onde autoridades de defesa expressaram surpresa e dúvidas sobre sua qualificação para o cargo. A postura de Hegseth, frequentemente alinhada com a visão de Trump sobre alianças militares e questões internas das Forças Armadas, também levanta questões sobre a continuidade da política de defesa dos EUA e suas relações com aliados. A escolha de Hegseth promete ser um tema de debate acalorado no Senado, que terá o poder de confirmar ou rejeitar sua nomeação.