Donald Trump anunciou a nomeação de Pete Hegseth, comentarista da Fox News e veterano da Guarda Nacional, para o cargo de secretário de Defesa dos Estados Unidos. A indicação surpreendeu o Pentágono e autoridades militares internacionais, levantando dúvidas sobre a qualificação de Hegseth para a função. Embora tenha servido em conflitos como o Afeganistão e o Iraque, muitos críticos apontam sua falta de experiência em gestão e liderança militar, considerando-o inadequado para o cargo. A nomeação ainda precisa ser aprovada pelo Senado, o que poderá determinar seu futuro no governo.
Hegseth, conhecido por suas opiniões conservadoras e controversas, tem sido um crítico aberto de várias políticas e instituições militares dos EUA. Ele já questionou o papel das mulheres no Exército e criticou as políticas de diversidade e inclusão nas Forças Armadas, acusando-as de enfraquecerem a defesa do país. Em seus livros, Hegseth também defendeu uma abordagem mais agressiva nas guerras e sugeriu que o Departamento de Defesa voltasse a se chamar Departamento de Guerra, além de atacar tratados internacionais como as Convenções de Genebra.
A nomeação de Hegseth gerou desconfiança não apenas nos Estados Unidos, mas também entre aliados da Otan e autoridades europeias. A falta de experiência de Hegseth no comando de operações militares e sua postura crítica em relação a aliados da aliança geraram preocupações sobre sua capacidade de desempenhar o papel de secretário de Defesa. Mesmo assim, alguns defendem que a escolha é uma prerrogativa do presidente, e que o governo dos EUA deve seguir com a nomeação, independentemente das controvérsias internas e internacionais.