Donald Trump indicou a governadora de Dakota do Sul, Kristi Noem, para liderar o Departamento de Segurança Interna (DHS) de seu governo, uma escolha que reflete sua confiança em uma aliada política próxima. Noem, conhecida por sua postura firme em relação à imigração e à segurança da fronteira, assumirá uma função crucial que inclui a implementação das políticas de deportação em massa e a colaboração com outros nomes chave da administração, como Tom Homan, indicado para o cargo de czar da fronteira, e Stephen Miller, defensor de uma linha dura na imigração. Noem, que será submetida à aprovação do Senado, já ganhou destaque por sua atuação decisiva, como quando enviou tropas da Guarda Nacional para ajudar na crise de fronteira no Texas.
O Departamento de Segurança Interna, criado após os ataques de 11 de setembro de 2001, desempenha um papel estratégico na proteção dos Estados Unidos, envolvendo desde cibersegurança até a segurança nas fronteiras. Noem terá como uma de suas principais responsabilidades reforçar as políticas de imigração do presidente eleito, especialmente a promessa de deportações em massa de imigrantes sem documentação legal. Contudo, o desafio de implementar essas políticas será significativo, dada a complexidade logística, questões legais e diplomáticas envolvendo outros países, como México e Honduras, que nem sempre aceitam os deportados.
O desempenho do DHS sob a gestão de Biden e seu secretário Alejandro Mayorkas tem sido criticado, principalmente pela gestão da segurança da fronteira e pelo aumento da entrada ilegal de imigrantes. Trump, por sua vez, pretende retomar suas políticas mais rigorosas de imigração e segurança, com foco na remoção de imigrantes indocumentados, especialmente aqueles que tenham cometido crimes. A escolha de Noem para o cargo reflete seu alinhamento com a agenda MAGA e sua experiência política, embora a candidata tenha enfrentado desafios pessoais e políticos, incluindo uma polêmica recente sobre um incidente em seu passado.