Donald Trump foi eleito para seu segundo mandato não consecutivo como presidente dos Estados Unidos, após uma vitória significativa contra a candidata democrata Kamala Harris. A retomada de Trump à Casa Branca, depois de ter governado entre 2017 e 2021, reabre discussões sobre os limites de mandato na política norte-americana. Diferente do Brasil, onde não há restrições quanto ao número de vezes que uma pessoa pode ser eleita, a Constituição dos Estados Unidos, através da Vigésima Segunda Emenda, limita a presidência a dois mandatos.
A regra constitucional, implementada em 1951 com apoio republicano, surgiu como resposta às quatro eleições consecutivas vencidas pelo presidente Franklin D. Roosevelt. Esse limite foi estabelecido para impedir longas permanências no cargo, como a de Roosevelt, cuja presidência se estendeu por doze anos durante um período de grande instabilidade econômica. A emenda proíbe qualquer pessoa de ser eleita presidente mais de duas vezes, incluindo quem assumiu o cargo durante o mandato de outro presidente por mais de dois anos.
Apesar dessa restrição, Trump mencionou, em um evento da Associação Nacional de Rifles, a possibilidade de buscar uma extensão para um terceiro mandato. Essa declaração reacendeu o debate sobre os limites presidenciais, embora uma alteração constitucional seja um processo complexo e improvável de ocorrer em curto prazo. A discussão reflete o contínuo interesse de Trump em prolongar sua influência política, mesmo com as barreiras legais vigentes.