Reeleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump retornará à Casa Branca em janeiro de 2025 para seu último mandato, após derrotar a vice-presidente democrata Kamala Harris nas eleições. Com 78 anos, Trump não poderá concorrer à reeleição em 2028, devido à regra imposta pela 22ª emenda da Constituição americana, que limita o exercício do cargo de presidente a duas vezes. Assim, ele cumprirá seu segundo e último mandato até o início de 2029, encerrando uma trajetória controversa e marcada por divisões políticas.
A imposição do limite de dois mandatos consecutivos nos EUA tem origem na tradição seguida desde George Washington, que voluntariamente limitou seu tempo no cargo, prática que foi interrompida apenas por Franklin D. Roosevelt durante a Segunda Guerra Mundial. A partir da 22ª emenda, promulgada em 1951, estabeleceu-se oficialmente o limite de mandatos. Caso Trump tivesse vencido a reeleição em 2020, ele não teria podido candidatar-se novamente em 2024, encerrando sua carreira na Casa Branca. Até hoje, apenas Grover Cleveland conseguiu ser eleito para mandatos não consecutivos, um feito que Trump agora repete.
A situação difere da legislação brasileira, onde o presidente pode concorrer a novos mandatos após um intervalo de quatro anos. Exemplo disso é o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em seu terceiro mandato, após duas vitórias consecutivas e um retorno ao poder em 2022. Ao contrário dos EUA, a Constituição brasileira permite a reeleição de ex-presidentes, desde que respeitado o intervalo entre o segundo e o terceiro mandatos consecutivos.