A inteligência militar da Ucrânia (GUR) informou que mais de 7 mil soldados norte-coreanos, equipados com armamentos russos, foram deslocados para regiões próximas à Ucrânia. Os militares estariam sendo treinados em cinco locais no extremo oriente da Rússia, embora a agência não tenha especificado suas fontes. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, manifestou preocupação com a situação, pedindo aos aliados que atuem antes que essas tropas cheguem ao front. Ele considerou a possibilidade de um ataque preventivo a campos de treinamento na Rússia, ressaltando que a Ucrânia precisa de autorização para utilizar armas de longo alcance.
Líderes ocidentais alertaram que a presença de tropas norte-coreanas representa uma escalada significativa no conflito, com implicações que podem afetar as relações na região Indo-Pacífico e possibilitar transferências de tecnologia militar entre Moscou e Pyongyang. Essa situação pode aumentar a ameaça representada pelo programa de armas nucleares e mísseis da Coreia do Norte. Recentemente, a ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte se reuniu com seu colega russo em Moscou, indicando um estreitamento das relações entre os dois países.
Em resposta às crescentes tensões, o general Oleksandr Syrskiy, principal comandante das forças armadas ucranianas, afirmou que suas tropas estão enfrentando uma das mais intensas ofensivas da Rússia desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. Ele destacou a necessidade de uma constante renovação de recursos para sustentar as unidades ucranianas, evidenciando a pressão militar que o país enfrenta em meio a essa nova ameaça.