Tropas norte-coreanas foram enviadas à região de Kursk, na Rússia, onde entraram em combate contra as forças ucranianas, conforme anunciado pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Estima-se que cerca de 11 mil soldados norte-coreanos estejam no local, apoiando as forças russas em resposta a uma incursão ucraniana que teria perdido força nos últimos meses. Os confrontos, segundo Zelensky, resultaram em fatalidades, embora ele não tenha especificado quais lados sofreram as baixas.
A cooperação militar entre Moscou e Pyongyang levanta preocupações no cenário internacional, especialmente entre os aliados da Ucrânia e a OTAN, que avaliam as possíveis implicações da reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos. O presidente russo, Vladimir Putin, sinalizou disposição para dialogar com Trump, que expressou interesse em encerrar a guerra na Ucrânia e sugeriu concessões a Moscou. Trump e seu vice, JD Vance, indicaram uma possível revisão do apoio dos EUA à Ucrânia, o que poderia pressionar Kiev a buscar um acordo menos favorável com a Rússia.
A intensificação dos ataques russos nas frentes de batalha e o uso frequente de drones de longo alcance, muitos de fabricação iraniana, aumentaram a pressão sobre a Ucrânia. Zelensky reafirmou a necessidade de armas de longo alcance e maior apoio dos aliados para enfrentar a nova escalada de ataques e a presença de forças estrangeiras. Ele alertou que a continuidade e expansão do contingente norte-coreano dependem da resposta internacional, pedindo uma combinação de medidas militares e políticas para conter a influência da Rússia e seus aliados no conflito.