O Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, expediu mandados de prisão contra líderes israelenses e do Hamas, acusados de crimes de guerra e crimes contra a humanidade relacionados ao conflito recente na Faixa de Gaza. Entre os nomes mencionados estão o primeiro-ministro israelense e o ex-ministro da Defesa do país, além de um comandante militar do Hamas, acusado de crimes durante um ataque ocorrido em outubro do ano passado. Apesar de alegações sobre a morte do comandante do Hamas, o tribunal afirmou não ter confirmação oficial.
As ordens de prisão para as lideranças israelenses estão ligadas à resposta militar que resultou em um alto número de vítimas civis em Gaza, além de acusações de fome como arma de guerra. A decisão gerou repercussões políticas e jurídicas internacionais, com diferentes países expressando posições. A União Europeia defendeu a legitimidade das ações do TPI, enquanto os Estados Unidos e outras nações não signatárias do Estatuto de Roma rejeitaram a jurisdição da corte sobre o caso. O contexto destaca a complexidade do conflito e as implicações legais para os acusados.
Os impactos práticos das decisões do TPI são limitados, dado que a corte não tem poder para obrigar os países signatários a cumprir os mandados. Contudo, os acusados enfrentam restrições em suas movimentações internacionais, correndo risco de prisão ao visitar países que reconhecem o tribunal. Este caso ressalta a tensão entre jurisdições internacionais e soberanias nacionais em cenários de conflito armado.