O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra líderes israelenses e do Hamas, acusando-os de crimes de guerra e contra a humanidade relacionados ao conflito em Gaza. A decisão marca um precedente significativo, sendo a primeira vez que líderes de um país democrático e aliado do Ocidente enfrentam tal medida na história do TPI. Essa ação aumenta o isolamento diplomático de Israel, enquanto os países signatários do Estatuto de Roma terão a obrigação de cumprir os mandados, gerando restrições de viagem para os acusados.
Internamente, a medida foi amplamente condenada por forças políticas israelenses, que a classificaram como injusta e prejudicial. Mesmo opositores do primeiro-ministro israelense demonstraram apoio ao governo nesse contexto. Apesar da gravidade da acusação, é pouco provável que os líderes sejam julgados ou depostos por conta dos mandados. Internacionalmente, enquanto a União Europeia destaca a obrigatoriedade de cumprimento das ordens, alguns países, como os Estados Unidos e a Argentina, criticaram a decisão, fortalecendo o respaldo diplomático ao governo israelense.
A principal esperança de neutralizar os efeitos das acusações reside no apoio do governo americano, que já criticou o TPI em outras ocasiões e se posicionou contra os mandados. A continuidade desse apoio, especialmente com o possível retorno de lideranças americanas que compartilham essa postura, pode ser fundamental para mitigar os impactos políticos e diplomáticos dessa decisão.