Um tribunal peruano determinou, nesta terça-feira (19), a prisão preventiva de um ex-assessor próximo à presidente do país, sob acusação de envolvimento em um esquema de corrupção. O juiz responsável pelo caso, Richard Concepción Carhuancho, decidiu que a prisão preventiva de 36 meses é uma medida proporcional, considerando o risco de fuga e a possibilidade de interferência nas investigações. A medida também afeta outros três indivíduos investigados no mesmo caso, que, segundo a promotoria, participavam de um esquema para nomear funcionários públicos em troca de favores financeiros.
O acusado é suspeito de comandar uma rede de corrupção que operava no processo de nomeação de prefeitos e subprefeitos em diversas regiões do país, com envolvimento de membros de uma nova agremiação política, o Cidadãos pelo Peru. A promotoria afirma que esse programa criminoso foi iniciado logo após a posse da presidente em 7 de dezembro, e que a rede teria explorado a influência política para nomear cargos estratégicos em troca de vantagens ilícitas. A decisão do tribunal visa evitar que os acusados interfiram nas investigações.
Este não é o primeiro momento em que o investigado enfrenta acusações relacionadas a esse caso. Em maio, ele havia sido preso temporariamente, mas uma decisão judicial posterior determinou sua libertação. A prisão preventiva agora foi determinada após a avaliação dos riscos envolvidos, como o potencial de fuga do acusado e sua capacidade de influenciar outros investigados, dado seu histórico e seus vínculos familiares com altos membros do governo. A lei peruana permite que prisões preventivas em casos complexos, como este, possam durar até 36 meses.