O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou, nesta sexta-feira (22), a suspensão do pagamento de salários de 25 militares indiciados pela Polícia Federal sob a acusação de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. A representação aponta um custo anual de R$ 8,8 milhões aos cofres públicos com a remuneração dos investigados, incluindo membros da ativa e da reserva, e argumenta que manter os pagamentos seria um uso inadequado de recursos públicos.
Além disso, o pedido inclui o bloqueio de bens de todos os 37 indiciados pela Polícia Federal, totalizando R$ 56 milhões. A justificativa é a ligação entre os atos atribuídos aos investigados e os prejuízos de R$ 56 milhões causados ao patrimônio público em decorrência de episódios violentos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. O subprocurador-geral do Ministério Público destacou que as medidas cautelares são essenciais para mitigar o impacto financeiro e responsabilizar os envolvidos.
O TCU, por sua vez, informou que ainda não foi aberto um processo formal para avaliar as solicitações. Caso sejam acatadas, as medidas representariam um importante marco na proteção dos recursos públicos e no combate a eventuais desvios de conduta envolvendo agentes públicos e militares. O inquérito policial permanece sob segredo de justiça, e o desdobramento das ações deverá ser acompanhado de perto por autoridades e especialistas.