Uma mulher de 22 anos foi detida no Aeroporto Internacional de Malta ao ser flagrada carregando dezenas de cápsulas de cocaína em seu organismo. Segundo especialistas, o transporte de drogas dessa forma envolve ingerir ou introduzir pequenos invólucros plásticos no corpo para evitar a detecção nos aeroportos. Essa prática, porém, representa sérios riscos à saúde, especialmente se uma das cápsulas se romper, levando ao contato direto da droga com a corrente sanguínea e podendo resultar em overdose e morte.
A especialista em toxicologia Paula Carpes Victório explica que o rompimento das cápsulas no estômago, reto ou vagina libera substâncias tóxicas que são rapidamente absorvidas pela mucosa e entram na circulação sanguínea. No caso da cocaína, esse contato pode causar sintomas graves, como nervosismo, confusão mental, aumento da frequência cardíaca, convulsões e até infarto. Mesmo sem rompimento, a presença das cápsulas gera desconfortos e dores intensas, que podem incluir vômito, desmaios e lesões internas.
O tratamento para casos de ingestão de cápsulas com drogas varia conforme o estado de saúde do paciente, podendo incluir lavagem estomacal, endoscopia e, em casos mais graves, cirurgia de emergência. O Ministério das Relações Exteriores informou que presta assistência consular quando necessário, sem divulgar detalhes específicos. Essa prática de tráfico é conhecida pelo alto risco de morte, tanto por overdose quanto por complicações cirúrgicas para a retirada das cápsulas.