A Transparência Internacional realizou um protesto no Rio de Janeiro 48 horas antes da Cúpula de Líderes do G20, destacando a negligência do grupo em lidar com a corrupção. Parapentes personalizados com notas gigantes de dólar sobrevoaram a orla da Barra da Tijuca, culminando com uma faixa na areia que questionava, em inglês: “Quão óbvia a corrupção tem que ser para que vire prioridade para o G20?”. O ato simbolizou a crítica ao fracasso do G20 em abordar a corrupção de forma eficaz nos últimos dez anos.
A ONG alerta que a corrupção compromete o desenvolvimento sustentável e agrava desigualdades globais e locais. Segundo a Transparência Internacional, falhas como o sigilo financeiro persistente, a ausência de regulação eficaz para agentes financeiros e a cooperação internacional insuficiente facilitam os fluxos ilícitos de capital. Essas práticas desviam recursos que poderiam ser utilizados para financiar o progresso em economias de baixa e média renda, aprofundando os desafios socioeconômicos globais.
Para enfrentar esses problemas, a organização exige que o G20 dê prioridade à anticorrupção, integrando o tema ao centro de sua agenda a partir de 2024. Entre as reformas sugeridas estão o fim do sigilo financeiro, a criação de regimes transparentes sobre beneficiários finais, e a implementação de regulações rigorosas para agentes financeiros. A ONG também defende o fortalecimento da cooperação internacional e do compartilhamento de informações para combater a corrupção transnacional.