A recente transferência de um contraventor do Rio de Janeiro para o Presídio Federal de Campo Grande (MS) destaca a estratégia das autoridades em reforçar a segurança e o isolamento de figuras de alta periculosidade no país. A unidade abriga líderes do tráfico, da milícia e suspeitos de envolvimento em crimes de grande repercussão. A decisão judicial pela transferência foi motivada pelo histórico de crimes do contraventor, recentemente acusado de ser o mandante de um assassinato de rival.
As penitenciárias federais, criadas em 2006, têm o propósito de conter lideranças criminosas e proteger o sistema penitenciário local. Com celas individuais de 6 m² e sem acesso a tomadas elétricas, essas unidades restringem o contato entre presos e garantem o cumprimento de um regime disciplinar diferenciado. O complexo de Campo Grande, com capacidade para 208 presos, dispõe de avançados equipamentos de segurança, reforçando o controle sobre seus internos e minimizando os riscos de fuga e comunicação externa.
O sistema federal conta com outras quatro unidades em diferentes regiões do Brasil, cada uma com a função de manter em isolamento criminosos de alta periculosidade, incluindo líderes de milícias e facções do tráfico. Essas transferências representam um esforço contínuo do sistema de justiça e das forças de segurança para evitar que criminosos influentes continuem a atuar de dentro das prisões estaduais, promovendo um ambiente mais seguro tanto dentro quanto fora das penitenciárias.