Um caso de homicídio em Praia Grande, litoral de São Paulo, revelou detalhes de um complexo triângulo amoroso envolvendo pessoas próximas à vítima. De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), o comerciante, morto a facadas em 31 de agosto, foi vítima de um plano supostamente premeditado. A viúva e parentes da vítima estão presos sob acusação de participação no crime, motivado, segundo o inquérito, por questões sentimentais e interesses financeiros. A investigação apontou que o comerciante teria sido levado ao local do crime sob um pretexto, sem saber das relações extraconjugais que o envolviam indiretamente.
Testemunhas e vizinhos relataram detalhes da última conversa da vítima, que teria declarado amor à esposa antes do ataque. O crime, que ocorreu no apartamento da irmã do comerciante, foi descrito pelas autoridades como sendo executado com extrema frieza, o que chocou a comunidade. Segundo o MP-SP, o objetivo do grupo seria eliminar o empecilho que o comerciante representava para a continuidade das relações amorosas e para a obtenção de possíveis ganhos financeiros, como heranças e a liderança de um empreendimento conjunto. Essas circunstâncias fortaleceram a acusação de homicídio qualificado por motivo torpe.
A cronologia dos acontecimentos e as imagens das câmeras de segurança revelaram a movimentação dos envolvidos antes e depois do crime, destacando uma cuidadosa tentativa de ocultar o ocorrido. A reconstituição do caso incluiu até ilustrações gráficas para auxiliar a compreensão dos depoimentos, o que destaca o alto grau de planejamento e os contrastantes depoimentos dos suspeitos. A tragédia familiar não apenas expõe a complexidade dos laços pessoais envolvidos, mas também levanta questionamentos sobre a vulnerabilidade de relações de confiança.