A Polícia Federal revelou que traficantes brasileiros estão expandindo suas operações, enviando grandes carregamentos de cocaína para países da Ásia e Oceania, utilizando métodos sofisticados, como o uso de mergulhadores para esconder as drogas nos cascos de navios. Esse esquema, que envolve o Porto de Santos, foi investigado ao longo de quase um ano, com interceptações telefônicas detalhando o modus operandi dos criminosos. O uso de “caixas do mar”, compartimentos a 15 metros de profundidade nos navios, tem sido uma tática cada vez mais comum, permitindo que as drogas cheguem a destinos internacionais, como Hong Kong, China, e a Coreia do Sul.
Em uma das apreensões recentes, autoridades coreanas interceptaram um navio proveniente do Brasil, encontrando 100 quilos de cocaína escondidos no casco da embarcação. Esse evento gerou uma série de alertas internacionais, com investigações colaborativas entre as polícias de diferentes países. A PF também rastreou um dispositivo eletrônico usado pelos traficantes para monitorar o trajeto da droga, o que ajudou a identificar as movimentações dos criminosos e a fortalecer as investigações.
Além disso, o sucesso das apreensões levou à prisão de vários suspeitos, enquanto outros continuam foragidos. As autoridades destacam que o mercado internacional, especialmente o asiático, é altamente lucrativo devido ao alto preço da cocaína nessas regiões, onde as leis sobre o narcotráfico são mais severas. A operação continua sendo monitorada de perto, com o objetivo de desmantelar as organizações criminosas envolvidas e reduzir o impacto do tráfico no Brasil e no exterior.