O conceito de “blogueiros CLTs” tem ganhado força no Brasil, com trabalhadores formais utilizando as redes sociais para compartilhar a realidade do cotidiano profissional. Esses influenciadores, que mantêm empregos registrados sob o regime CLT, criam conteúdos que mostram desde a rotina no transporte público até desafios enfrentados no ambiente corporativo. Apesar de já obterem rendimentos com suas produções digitais, muitos desses influenciadores preferem não abandonar seus empregos formais, valorizando a segurança dos direitos trabalhistas garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Porém, a atuação de influenciadores digitais no mercado de trabalho exige cuidados, principalmente no que diz respeito ao compartilhamento de informações sensíveis. Especialistas alertam que é importante evitar a divulgação de dados confidenciais da empresa, críticas públicas a superiores ou a exposição de estratégias internas. As redes sociais podem ser uma ferramenta poderosa para os trabalhadores que desejam equilibrar a vida profissional e a digital, mas também exigem disciplina para que a imagem da empresa não seja prejudicada.
Para os trabalhadores que desejam se tornar influenciadores digitais, o conselho é manter um bom equilíbrio entre as duas atividades e respeitar os limites do que pode ser compartilhado online. Além disso, a empresa pode disciplinar a conduta de seus funcionários nas redes sociais, podendo até demitir por justa causa em casos de comportamento prejudicial à sua imagem. Apesar disso, o mercado está cada vez mais aberto para o fenômeno dos influenciadores CLTs, que têm conseguido monetizar suas presenças nas redes sem abrir mão de suas carreiras formais.