O Estado do Tocantins anunciou que planeja vender mais de R$ 2,5 bilhões em créditos de carbono até 2030, com o objetivo de financiar projetos de conservação da floresta amazônica. A iniciativa está voltada para a redução das emissões de gases de efeito estufa e visa ajudar empresas a cumprir suas metas voluntárias de compensação ambiental. O governo estadual informou que a venda de 50 milhões de créditos de carbono será realizada, com cada crédito representando a captura de uma tonelada de carbono sequestrado por vegetações nativas no estado.
A venda está sendo coordenada pela empresa de comércio de commodities Mercuria e deve começar com um lote inicial de 17 a 18 milhões de créditos de carbono, correspondente ao período de 2020 a 2024. Estima-se que este lote inicial possa valer cerca de R$ 850 milhões. A validação do projeto será feita sob o padrão ART-TREES, e o lançamento oficial ocorrerá durante a cúpula climática COP29, a ser realizada no Azerbaijão. A redução do desmatamento e a proteção da floresta amazônica são aspectos fundamentais para o sucesso da iniciativa, com impacto direto na mitigação das mudanças climáticas.
Além disso, o governo federal recentemente destacou que o desmatamento na Amazônia brasileira teve uma queda significativa nos últimos 12 meses, o que deve facilitar a emissão de créditos de carbono no futuro. A venda desses créditos coloca Tocantins em uma posição estratégica no mercado de carbono, competindo com acordos semelhantes de grandes empresas globais como Microsoft, Google e Meta, que também adquiriram créditos no Brasil. O Estado espera que a comercialização desses créditos possa contribuir significativamente para a conservação ambiental e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.