O roubo de queijos gourmet, como o cheddar e o Parmigiano Reggiano, vem ganhando destaque como parte de um fenômeno global ligado à criminalidade no setor alimentício. Crimes envolvendo produtos alimentares, incluindo contrabando e falsificação, geram prejuízos de bilhões de dólares anualmente, impulsionados pelo aumento do custo de vida e pela valorização desses itens no mercado. A combinação de altos preços, armazenamento complexo e apelo comercial torna os queijos um alvo atrativo para redes criminosas, especialmente em contextos de instabilidade econômica e sanções comerciais internacionais.
Além dos roubos, que têm movimentado mercados ilegais na Europa e em outros continentes, a falsificação de queijos famosos e a infiltração de organizações criminosas na cadeia alimentícia são desafios crescentes. Em regiões como a Rússia, onde produtos europeus estão sujeitos a restrições comerciais, mercados paralelos prosperam, alimentados por contrabando e corrupção. Esses delitos, frequentemente subestimados em termos legais, oferecem às redes criminosas uma alternativa lucrativa com menor risco de punição severa, enquanto colocam em risco a segurança e a autenticidade dos alimentos.
Para combater o problema, medidas tecnológicas, como chips de rastreamento em queijos de alto valor, estão sendo implementadas, embora a eficácia dessas soluções ainda precise ser comprovada. Especialistas destacam a necessidade de maior rigor na segurança e controle da cadeia de distribuição, uma vez que crimes como o roubo de queijos podem ameaçar a sobrevivência de pequenos produtores e a preservação de práticas artesanais. À medida que o mercado de queijos continua a crescer, garantir a sustentabilidade e a autenticidade do setor será crucial para proteger tanto os produtores quanto os consumidores.
