Título: [falta de vaga em UTI expõe desafios no atendimento a casos graves de saúde pública]
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Uma mulher de 36 anos faleceu em Goiânia enquanto aguardava transferência para um leito de UTI, após complicações graves de dengue hemorrágica. Segundo familiares, Katiane de Araújo Silva buscou atendimento na rede pública de saúde em três ocasiões, com sintomas que inicialmente foram tratados como problemas na coluna. Apenas no terceiro atendimento, já em estado crítico, foi internada e teve a necessidade de transferência para UTI identificada, mas a vaga só foi disponibilizada após seu falecimento.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que a paciente recebeu todos os cuidados necessários na sala vermelha, onde foi mantida entubada, e garantiu que os protocolos adotados em casos de dengue grave foram seguidos. A Secretaria Estadual de Saúde, por sua vez, esclareceu que a solicitação de vaga para UTI foi feita no dia 20 de novembro, mas a transferência só foi autorizada na manhã do dia 22, quando a paciente já havia falecido. A demora evidenciou as dificuldades na regulação de leitos em situações críticas, apesar do aumento no número de vagas nos últimos anos.
O caso levanta discussões sobre a sobrecarga do sistema público de saúde, especialmente em momentos de epidemias como a dengue, que em 2024 registrou o maior número de casos da história. A tragédia destaca a necessidade de medidas urgentes para melhorar a resposta a emergências de saúde, especialmente em casos que dependem de transferência para unidades especializadas.