A reeleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em 2024 levanta preocupações em diversas esferas internacionais. Sua vitória fortalece a ascensão de movimentos conservadores, refletindo uma força política que vai além das fronteiras americanas e inspira análises sobre o impacto desse retorno. Entre os motivos da derrota de Kamala Harris, muitos apontam o cenário econômico como um fator decisivo, mas a expressividade do voto conservador indica um apoio robusto ao trumpismo nos Estados Unidos e ao que ele representa globalmente.
No campo das relações internacionais, a possibilidade de um segundo mandato focado no nacionalismo econômico e no afastamento de acordos multilaterais acende um alerta entre governos e especialistas. Durante seu primeiro mandato, Trump adotou posturas duras contra instituições como a ONU e a OMC, priorizando a autossuficiência americana, o que prejudicou a cooperação internacional em áreas cruciais, como o meio ambiente e a segurança global. Um segundo mandato nessa linha poderia intensificar a instabilidade regional e comprometer políticas ambientais e de paz, afetando diretamente países que dependem da cooperação multilateral, como o Brasil.
A relação dos EUA com a China também deve sofrer impactos, com a possibilidade de uma nova guerra comercial que traga tanto riscos quanto oportunidades para o Brasil. Ao mesmo tempo em que o país pode se beneficiar de lacunas comerciais deixadas pela China, o cenário exige cautela diplomática e estratégia do governo brasileiro para preservar relações com ambas as potências. A nova administração Trump poderá ainda fortalecer alianças com países de ideologias semelhantes, reformulando o quadro global de parcerias e aumentando as pressões sobre o Brasil em questões ambientais e comerciais.