Após se apresentar à delegacia especializada em delitos esportivos, um torcedor do Corinthians esclareceu a polêmica sobre a provocação realizada no clássico contra o Palmeiras. Ele afirmou que levar uma cabeça de porco ao estádio foi uma “provocação sadia” e que não houve intenção de agredir ou desrespeitar fisicamente os rivais. Para o torcedor, a repercussão do caso evidencia uma mudança nos valores do futebol, que, segundo ele, tem perdido o espírito de rivalidade amistosa, comum em décadas passadas.
A ideia da provocação teria surgido em uma conversa com amigos que desejavam inovar nas brincadeiras entre torcidas. Inicialmente, o torcedor planejava apenas tirar uma foto no estacionamento com o objeto, mas acabou jogando a cabeça de porco para o setor sul do estádio, um ato que ele diz não repetir, visto o alcance e a polêmica gerados. Apesar de afirmar que a intenção era apenas humorística, o caso trouxe questionamentos sobre a adequação de certas práticas de provocação nos jogos.
As autoridades locais intervieram rapidamente, identificando torcedores presentes e conduzindo-os a prestar depoimento. A investigação do episódio agora está sob a responsabilidade do Ministério Público de São Paulo, que deverá avaliar possíveis sanções e banimentos dos estádios para todos os envolvidos. Esse incidente reabre o debate sobre os limites da rivalidade entre torcidas e como preservar o espírito competitivo no futebol brasileiro, sem que provocações ultrapassem o limite do respeito e da civilidade.