A Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou que o réu acusado de um crime brutal em 2018 seja levado a júri popular. O crime ocorreu em uma penitenciária no Paraguai, onde a vítima foi morta a facadas enquanto o réu estava preso. A acusação aponta que o crime foi premeditado, com o objetivo de atrasar sua extradição ao Brasil e, assim, evitar responder aos processos pendentes no país. Atualmente, o acusado cumpre pena em um presídio federal de segurança máxima em Rondônia.
O caso teve grande repercussão tanto no Brasil quanto no Paraguai pela violência com que foi executado e pela tentativa do acusado de manipular o processo judicial paraguaio para permanecer fora do Brasil. Segundo a acusação, ele atraiu a vítima com um pretexto e a atacou de forma surpreendente, sem que ela pudesse se defender. Testemunhas que prestaram depoimento relatam que o réu não expressou arrependimento pelo ato e teria admitido a intenção de usar a situação para postergar sua extradição.
Além da acusação de homicídio, o réu é também apontado por investigações como envolvido em tráfico de armas e drogas, fornecendo insumos ao crime organizado em áreas específicas do Brasil. Seu histórico criminal inclui ações como roubo e resgate de aliados, o que reforçou a decisão das autoridades de mantê-lo em um presídio de segurança máxima. A defesa informou que irá recorrer da decisão, questionando as qualificações atribuídas ao crime na denúncia.