Os Estados Unidos mantêm um papel ativo em conflitos internacionais, oferecendo ajuda militar tanto à Ucrânia, que resiste à invasão russa, quanto a Israel, que atua em campanhas em Gaza e no Líbano. A administração de Joe Biden apoia abertamente a Ucrânia contra as ações de Moscou, enquanto reafirma o direito de Israel à autodefesa, especialmente após ataques em outubro de 2023. No entanto, a possibilidade de uma volta de Donald Trump à Casa Branca traz incertezas, já que sua postura anterior incluiu uma relação próxima com líderes autoritários e promessas de negociar acordos que poderiam envolver concessões por parte da Ucrânia.
A política externa americana também influencia a guerra entre Israel e grupos como Hamas e Hezbollah. Trump, durante seu governo, consolidou relações com Israel e mediou os Acordos de Abraão, que aproximaram Israel de algumas nações árabes sem exigir compromissos específicos em relação à Palestina. Agora, sua base eleitoral inclui apoiadores pró-Israel, enquanto ele também tenta atrair eleitores árabes e muçulmanos descontentes com o apoio de Biden a Israel. A expectativa de que Trump possa adotar uma abordagem mais favorável a Israel causa receio na comunidade árabe, embora sua plataforma sobre o Oriente Médio seja vaga.
Internamente, a crescente percepção entre os americanos de que o governo Biden direciona recursos públicos para conflitos externos contribui para o apoio a Trump, que defende uma redução do gasto militar internacional. Esse posicionamento gera preocupações na Ucrânia, que depende do apoio financeiro dos EUA. Embora Moscou mantenha cautela, o Kremlin vê potencial em uma mudança política americana que favoreça negociações em termos mais favoráveis à Rússia.