As tensões entre o presidente da Argentina e sua vice chegaram a um ponto crítico após declarações públicas que expuseram o rompimento da relação política entre os dois. O presidente expressou descontentamento com a vice, alegando que ela estaria mais alinhada ao que ele chama de “casta” política e ao círculo de poder tradicional. Essa postura foi reforçada por sua decisão de descartar qualquer participação relevante da vice no governo.
A reação às declarações gerou surpresa no entorno da vice-presidente, que avalia possíveis respostas ao episódio. No Senado, vozes pró-governo se manifestaram em sua defesa, destacando sua contribuição na promoção de ideias defendidas durante a campanha. Críticos internos ao círculo presidencial alertaram o chefe de Estado sobre influências negativas vindas de seus conselheiros mais próximos, levantando questionamentos sobre o impacto dessas dinâmicas na coesão do governo.
Conflitos entre presidentes e vice-presidentes não são incomuns na política argentina, e o episódio atual reflete um padrão que remonta à redemocratização do país. Especialistas apontam que, embora as divergências sejam frequentes, a situação atual pode impactar a governabilidade e o alinhamento interno em um momento crítico para o país.