Um projétil de artilharia não detonado atingiu a base italiana da missão de paz da ONU no Líbano, intensificando as tensões na região. O governo da Itália protestou formalmente contra ataques que teriam como alvo suas tropas na Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL). Em resposta, as autoridades israelenses prometeram abrir uma investigação imediata sobre o incidente. A segurança dos soldados foi destacada como prioridade, e a Itália reiterou a necessidade de respeito às missões de paz.
A UNIFIL, estabelecida em 1978, monitora a segurança ao longo da Linha Azul, que separa Líbano e Israel, e tem enfrentado crescentes desafios desde a intensificação das hostilidades em setembro. Nos últimos meses, acusações de ataques deliberados contra a missão, incluindo disparos contra soldados e destruição de infraestrutura, ampliaram as críticas às ações na área. A missão opera em um contexto delicado, mediando disputas e garantindo a estabilidade em uma região marcada por conflitos históricos.
O mandato da UNIFIL, renovado anualmente pelo Conselho de Segurança da ONU, permite ações de autodefesa e proteção a civis, embora seu objetivo principal seja a manutenção da paz. Composto por 10 mil soldados, o contingente atua em uma região sensível, que inclui redutos do Hezbollah. As recentes tensões destacam a necessidade de diálogo e esforços para evitar escaladas que possam comprometer a missão e a segurança na área.