Os vestibulares de 2024 refletem uma tendência crescente de abordar temas ligados à realidade contemporânea, com foco em assuntos como economia, política, saúde, meio ambiente e questões sociais. A principal exigência para os candidatos tem sido o posicionamento crítico e reflexivo sobre esses temas, que exigem uma compreensão aprofundada do momento atual e de seus desdobramentos. Esse movimento é perceptível tanto no Enem quanto em provas de instituições como a Unicamp e a Unesp, indicando uma mudança nas exigências das bancas, que buscam avaliar a capacidade dos estudantes de se engajarem com os debates mais relevantes da sociedade.
Com o fim da primeira fase de muitos vestibulares, é possível traçar um perfil das provas e preparar os estudantes para os desafios de 2025. O diretor pedagógico Antunes Rafael sugere que, mesmo para aqueles que não conseguiram aprovação, o aprendizado deve ser centrado na importância de se manter atualizado. As disciplinas de atualidades, humanidades, filosofia e sociologia, que abordam questões ligadas ao presente, devem ser priorizadas no cronograma de estudos. A recomendação é que os candidatos se baseiem nas experiências de prova de 2024 para identificar pontos de dificuldade e melhorar suas áreas de conhecimento para o próximo exame.
Além disso, especialistas sugerem que a preparação para o vestibular não deve ser apenas técnica, mas também psicológica. O psicólogo Márcio Souza destaca que a rotina de estudos deve equilibrar momentos de lazer e descanso, fundamentais para o bem-estar do estudante, que pode ser afetado pela pressão e pelas longas horas de estudo. A revisão das provas realizadas e o foco nas matérias onde houve maior dificuldade são essenciais para uma preparação eficaz, assim como a construção de uma rotina que respeite as individualidades e os objetivos específicos de cada candidato, seja em cursos de alta concorrência ou não.