As enchentes na Espanha já causaram 222 mortes, com a região de Valência sendo a mais afetada. Fortes tempestades também atingiram Barcelona, onde o Aeroporto El Prat ficou inundado, gerando o cancelamento ou desvio de dezenas de voos. Em Tarragona, o transbordamento do leito do rio causou mais estragos, deixando milhares de casas sem energia e interrompendo serviços essenciais. A chegada de um navio militar com veículos de emergência reforça os esforços das equipes de resgate, que continuam a busca por desaparecidos em garagens e porões.
Moradores de Valência acusam o governo de negligência, destacando a falta de alertas preventivos e a demora no socorro. Protestos ganharam força após o desastre, com manifestantes lançando lama contra autoridades durante uma visita oficial, expressando frustração diante da tragédia. A rainha Letícia se emocionou ao ver os estragos, enquanto o primeiro-ministro Pedro Sánchez enfrentou tensões que exigiram medidas de segurança, incluindo sua retirada de uma área em meio a manifestações.
O Ministério do Interior apontou que parte dos protestos foi protagonizada por grupos vinculados à extrema-direita, aumentando a complexidade da situação política em meio à crise climática. As autoridades locais agora emitem alertas para mais chuvas, enquanto o país tenta lidar com os danos e a crescente insatisfação pública. O governo enfrenta o desafio de garantir respostas rápidas e medidas eficazes para proteger a população.