O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou a suspensão do pagamento de salários de militares indiciados pela Polícia Federal por envolvimento em atos antidemocráticos. A representação enviada ao tribunal aponta que a manutenção desses pagamentos implica em uso de recursos públicos para remunerar agentes que teriam agido contra o próprio Estado. O custo anual desses salários é estimado em R$ 8,8 milhões, segundo o documento.
Além disso, foi solicitado o bloqueio de bens no valor total de R$ 56 milhões dos 37 indiciados, para ressarcir prejuízos aos cofres públicos. Esses prejuízos decorrem de atos de destruição de patrimônio público associados aos eventos de janeiro de 2023. O subprocurador destacou que a medida cautelar é necessária devido à relação direta entre as ações imputadas aos indiciados e os danos causados.
Até o momento, o TCU ainda não abriu o processo para analisar as solicitações. A representação inclui, também, o pedido de compartilhamento do inquérito da Polícia Federal, atualmente sob segredo de justiça, para subsidiar a análise do caso. O caso evidencia a preocupação com o uso responsável de recursos públicos e a preservação do patrimônio estatal.