O Tribunal de Contas da União (TCU) irá examinar, na próxima quarta-feira, uma proposta da Anatel que visa alterar o contrato de concessão de telefonia fixa da Vivo, formalmente chamada Telefônica Brasil S.A., para um regime de autorização. Este ajuste será implementado em áreas onde há pouca concorrência, o que permitirá à operadora reduzir obrigações e custos regulatórios. A proposta busca oferecer uma solução consensual para tornar o regime mais flexível e adaptado à realidade do mercado atual.
Além de transformar o regime de concessão, o acordo proposto também visa encerrar litígios judiciais e administrativos entre as partes, ao mesmo tempo em que estabelece compromissos de investimento da Vivo para o desenvolvimento do setor de telecomunicações. Essa mudança, que se inspira em uma decisão similar tomada pelo TCU em junho em relação à Oi, permite que as operadoras direcionem recursos para áreas mais estratégicas e inovadoras, aumentando a competitividade e modernização do setor.
A decisão do TCU em relação ao contrato da Vivo segue um movimento mais amplo no setor, onde empresas e reguladores buscam acordos que conciliem o desenvolvimento do mercado com a necessidade de redução de custos regulatórios. No caso da Oi, o acordo resultou em um compromisso de investimento de R$ 5,8 bilhões. Caso seja aprovada, a proposta para a Vivo representará mais um passo nessa direção, promovendo um ambiente regulatório que incentiva investimentos e inovação no setor de telecomunicações brasileiro.