O Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a dar continuidade à renegociação do contrato de concessão da MSVia, operada pela CCR. A proposta prevê a oferta das ações da concessionária no mercado, por meio de um leilão na B3 S.A., com a participação da própria empresa no processo. Esse movimento é parte de uma série de iniciativas do TCU para evitar a relicitação antecipada de concessões de pedágio, após decisões semelhantes para outras concessões, como a ECO101 da Ecorodovias e a Autopista Fluminense da Arteris.
O processo de renegociação tem como objetivo reequilibrar o retorno econômico da MSVia, o que, para o banco Bradesco BBI, pode ser positivo para a CCR. A instituição avaliou que, caso a companhia perca o leilão, poderá reduzir significativamente sua dívida líquida, removendo R$ 609 milhões dessa rubrica, além de melhorar a alavancagem financeira da empresa, com uma queda no índice de dívida líquida/Ebitda para 2,9 vezes, em comparação com 3 vezes no terceiro trimestre de 2024.
Por outro lado, se a CCR vencer o leilão, o Bradesco BBI revisaria para cima a meta de preço da ação da empresa, aumentando o valor em R$ 1,40. Com isso, a recomendação de compra e o preço-alvo de R$ 18 por ação seriam mantidos. Essa análise reflete o impacto da medida nas finanças da CCR, mostrando que o desfecho da negociação pode ter efeitos significativos na performance da companhia no mercado de capitais.