As taxas dos contratos de depósito interbancário (DI) no Brasil encerraram a segunda-feira (4) em forte queda, refletindo uma diminuição de 25 pontos-base em vencimentos mais longos. Essa movimentação ocorre após o cancelamento de uma viagem do ministro da Fazenda, que indicou que novas medidas fiscais devem ser anunciadas esta semana, gerando um clima de otimismo entre os investidores. A taxa do DI para janeiro de 2025 caiu ligeiramente para 11,324%, enquanto a de janeiro de 2031 apresentou uma redução similar, indicando um ajuste nas expectativas de mercado.
Além do impacto interno, a queda das taxas no Brasil se alinha com a diminuição dos rendimentos dos Treasuries nos Estados Unidos, influenciada por uma pesquisa que mostra uma candidata democrata à frente do atual presidente republicano em Iowa. Esse cenário trouxe alívio à curva de juros brasileiros, com os investidores reagindo positivamente à confirmação de que o ministro se dedicaria a temas domésticos, incluindo uma reunião crucial com o presidente sobre as novas políticas fiscais.
Por fim, as expectativas em relação à política monetária também se alteraram. Projeções indicam uma probabilidade elevada de aumento de 50 pontos-base na taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), com a taxa atualmente em 10,75% ao ano. O movimento reflete a combinação de fatores internos e externos que influenciam o cenário econômico, mostrando a interconexão entre os mercados e as decisões políticas.