A taxa de desemprego no Rio Grande do Sul atingiu 5,1% no terceiro trimestre de 2024, mantendo-se abaixo da média nacional, que é de cerca de 6%. Este desempenho positivo é atribuído, em parte, à resiliência das empresas locais que, mesmo após os impactos das cheias de maio de 2024, conseguiram se estabilizar e, consequentemente, atraíram novos investimentos. No período entre julho e setembro, o número de pessoas empregadas no estado aumentou em relação tanto ao ano anterior quanto ao trimestre anterior, com um acréscimo de 130 mil pessoas na força de trabalho.
Além do crescimento no emprego formal, com 2,46 milhões de trabalhadores com carteira assinada, o mercado informal também se mantém forte, com aproximadamente 1,97 milhão de trabalhadores autônomos. A construção civil se destaca como um setor chave nesse processo de recuperação, com aumento significativo em obras residenciais e de infraestrutura, como a duplicação de rodovias e melhorias em redes de água. Esse crescimento tem gerado uma demanda crescente por mão de obra, tanto local quanto de outros estados, contribuindo para o aquecimento da economia regional.
Entretanto, o estado enfrenta desafios, como a necessidade de reintegrar ao mercado de trabalho aqueles que desistiram de procurar emprego e qualificar a população para as vagas mais bem remuneradas, que exigem maior escolaridade. Além disso, a transição de beneficiários de programas assistenciais para o mercado de trabalho é uma questão que demanda atenção, de forma a garantir que as políticas de assistência social cumpram sua função de tirar as pessoas da extrema pobreza e ofereçam oportunidades de inserção no emprego formal.