A taxa de desemprego entre as mulheres no Brasil foi de 7,7% no terceiro trimestre de 2024, superando a média geral de 6,4% e o índice registrado entre os homens, que ficou em 5,3%. Esse dado, revelado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE, mostra uma diferença de 45,3% entre os desempregados de ambos os sexos, embora essa discrepância tenha diminuído ao longo dos anos, como visto no início da pandemia, quando atingiu 27%.
Além disso, a pesquisa destaca que a desigualdade racial também impacta as taxas de desemprego no Brasil. Os pretos e pardos enfrentam índices mais altos de desocupação do que os brancos, com 7,6% e 7,3%, respectivamente, contra 5% entre os brancos. Embora tenha ocorrido uma redução nas taxas de desemprego em todos os grupos raciais em relação ao trimestre anterior, as disparidades ainda são significativas, refletindo um cenário de desigualdade no mercado de trabalho.
Outro ponto observado pelo IBGE foi a relação entre o nível de escolaridade e a taxa de desemprego. Pessoas com ensino médio incompleto apresentaram a maior taxa de desocupação, de 10,8%, enquanto os dados para aqueles com nível superior incompleto e completo foram de 7,2% e 3,2%, respectivamente. Esses números evidenciam a importância da qualificação profissional para a redução da taxa de desemprego no país.