O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo suspendeu a execução do contrato para a construção do novo centro administrativo de Ribeirão Preto, projetado para custar mais de R$ 173 milhões e com entrega prevista para 2027. A decisão foi proferida em resposta a uma ação popular que alegou desvio de finalidade, falta de recursos para a obra, irregularidades no estudo de impacto de vizinhança e ausência de relatório sobre os impactos ambientais. Os vereadores que impetraram a ação exigem que a administração municipal apresente a documentação relacionada às despesas da obra em um prazo de 15 dias.
O projeto, discutido há pelo menos sete anos, visa melhorar o atendimento ao público, reduzir gastos e simbolizar o desenvolvimento da cidade. A prefeitura afirmou que há previsão orçamentária para a obra, com recursos próprios e financiamento já aprovado. Apesar disso, a assinatura do contrato com a construtora H2OBras, ocorrida recentemente, gerou críticas de associações comerciais que defendem a permanência do centro na área central, citando preocupações sobre planejamento e uso de recursos públicos.
Com a suspensão, a prefeitura terá que justificar à Justiça a necessidade da obra, enquanto a polêmica em torno do novo centro administrativo continua a se intensificar em um ano eleitoral. A situação levanta questões sobre o futuro do projeto e as prioridades de investimento no município, especialmente em relação à revitalização da área central, que enfrenta desafios significativos.