O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu pelo menos oito e-mails anônimos relacionados ao atentado ocorrido na noite de quarta-feira (13), quando um homem explodiu artefatos em frente ao prédio da Corte. As mensagens, que demonstram apoio ao ato, são parte de uma crescente onda de ameaças direcionadas ao tribunal, que desde janeiro deste ano tem recebido uma média de três ameaças por dia, totalizando cerca de mil até o momento. Os ataques são realizados principalmente por e-mail, utilizando recursos tecnológicos para garantir o anonimato, mas também chegam por outros canais, como ouvidoria e correspondência.
O STF, em resposta, encaminha todas as ameaças à Polícia Federal, que realiza investigações sobre os casos. Além disso, a equipe de segurança da Corte monitora constantemente as redes sociais e utiliza sistemas de reconhecimento facial para garantir a segurança do prédio e das pessoas que se aproximam da instituição. No entanto, o autor do atentado recente, que havia publicado mensagens nas redes sociais sugerindo ações violentas, não foi identificado pelos sistemas de vigilância, o que levanta preocupações sobre a eficácia dessas tecnologias de monitoramento.
A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o atentado, com base em possíveis crimes como atentado contra o Estado de direito e terrorismo. A apuração do caso foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes e a Corte passou por uma vistoria de segurança realizada pela PF e pelo BOPE (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar. A área em torno do STF foi cercada com gradis desde a madrugada de quinta-feira (14) como medida de segurança adicional.