O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a próxima quinta-feira (21) o depoimento de um ex-assessor do governo federal, em um contexto de investigações relacionadas à delação premiada. A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a defesa do depoente já foram notificadas sobre a audiência. A medida surge após a Polícia Federal (PF) identificar possíveis omissões e contradições em declarações feitas anteriormente, destacando o possível descumprimento de cláusulas do acordo de colaboração.
Em análise recente, a PF encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes um relatório que levanta dúvidas sobre a veracidade dos depoimentos e sugere que o depoente possuía informações relevantes que não foram devidamente compartilhadas. Caso a PGR avalie o relatório positivamente e a PF formalize um pedido, há possibilidade de medidas legais mais severas, incluindo eventual prisão. Ainda assim, mesmo que o acordo de delação seja anulado, as provas já obtidas continuam válidas para a investigação.
O caso ganhou novos contornos após a revelação de operações que resultaram na prisão de indivíduos suspeitos de tramar ações graves contra autoridades em dezembro de 2022. Mensagens trocadas entre os investigados indicam envolvimento mais amplo, com possíveis implicações políticas. As autoridades continuam a apurar os fatos para esclarecer os detalhes das alegações e sua relação com o contexto mais amplo das investigações em curso.