O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que seria um erro conceder anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro antes mesmo de uma condenação. Segundo Barroso, essa abordagem implicaria a premissa de que os acontecimentos não teriam sido graves, o que ele considerou incorreto, dado o impacto e a destruição causados. Ele destacou que o Congresso Nacional é o órgão responsável pela discussão sobre anistia, e criticou a ideia de tratar os envolvidos como “ingênuos” sem uma análise mais aprofundada dos fatos.
Barroso também mencionou que os inquéritos sobre os organizadores e financiadores dos ataques estão chegando ao fim, e que as investigações deverão ser entregues ao procurador-geral da República para avaliação de provas. Ele ressaltou que, apesar da complexidade dos processos, já é possível avançar para as próximas etapas legais. Entre os investigados, o ex-presidente é citado, embora Barroso tenha enfatizado que a conclusão das investigações será essencial para que se possa falar de culpabilidade.
Sobre o atentado ocorrido nas imediações do STF, onde um homem morreu após detonar explosivos, Barroso refutou a ideia de falha de segurança, afirmando que as medidas preventivas funcionaram corretamente. Ele elogiou a atuação da Polícia Judicial e dos agentes de segurança, que impediram a entrada do suspeito no prédio. O ministro também se reuniu com autoridades locais para colaborar nas investigações, ainda em andamento, sobre o envolvimento de possíveis grupos ou se trataria de uma ação isolada.