O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a manutenção da prisão de um jogador condenado por crime no exterior teve um importante avanço no último sábado. A ministra Cármen Lúcia se posicionou a favor da permanência do réu na penitenciária, o que ampliou o placar para 5 votos favoráveis à continuidade da prisão. Apenas um ministro, Gilmar Mendes, votou pela libertação do condenado, e a decisão precisa de mais um voto para alcançar a maioria dos 11 ministros. O processo, realizado de forma virtual, segue em andamento até o dia 26, com os ministros registrando seus votos por escrito.
O jogador, preso desde março, cumpre pena por um crime cometido na Itália e foi condenado em um caso de grande repercussão internacional. Em seu voto, Cármen Lúcia destacou a gravidade da impunidade em crimes contra mulheres, reforçando a necessidade de um posicionamento firme contra tais infrações, que afetam não apenas as vítimas diretas, mas todas as mulheres globalmente. Outros ministros, como Luiz Fux, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Cristiano Zanin, também se manifestaram a favor da prisão.
A defesa do réu argumenta que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) não teria competência para determinar a prisão no Brasil, contestando a decisão de reclusão. O jogador, atualmente detido em um presídio de São Paulo, tem participado de atividades educacionais e esportivas na prisão, como aulas em projetos de reintegração social e jogos de futebol com outros detentos.