A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou um recurso da Meta, permitindo que um processo de bilhões de dólares movido por investidores avance. A ação está relacionada ao escândalo envolvendo a consultoria Cambridge Analytica, que teria usado dados de usuários do Facebook sem consentimento. Os investidores alegam que a empresa forneceu informações enganosas sobre os riscos associados ao incidente, o que inflacionou os preços das ações antes de quedas significativas em 2018, resultando na perda de mais de US$ 200 bilhões em valor de mercado.
Com a decisão, a Meta enfrenta maior probabilidade de um acordo bilionário, estimado em até US$ 2 bilhões. A empresa argumenta que não havia razão para acreditar que o escândalo traria prejuízos ao negócio, visto que os detalhes já haviam sido divulgados anteriormente sem impacto significativo. A administração Biden apoiou os acionistas, enquanto grupos empresariais alertaram sobre os impactos de decisões judiciais que pudessem ampliar os requisitos de divulgação corporativa e fomentar ações judiciais sem mérito.
O caso tem implicações mais amplas para as regras de transparência das empresas nos Estados Unidos, particularmente no que diz respeito à divulgação de riscos materiais para investidores. A Suprema Corte também analisa um caso semelhante envolvendo outra empresa de tecnologia, destacando o debate em torno da responsabilidade corporativa em tempos de rápida inovação e riscos financeiros emergentes.