A Suprema Corte do Texas autorizou a definição de uma nova data para a execução de um homem condenado pelo assassinato de sua filha, após a suspensão temporária da sentença que ocorreu em outubro de 2023. A decisão foi tomada após um pedido de deputados estaduais, que queriam que o acusado fosse ouvido antes da execução. A medida, que causou debates sobre a aplicação da chamada ciência de má qualidade, foi anulada, permitindo que o processo siga conforme o previsto, com a possibilidade de agendamento de uma nova data para a pena de morte.
O caso remonta a 2002, quando o acusado foi condenado pela morte de sua filha de dois anos, que teria sofrido lesões cerebrais fatais devido à síndrome do bebê sacudido, uma condição que envolve traumatismo craniano provocado por movimentos bruscos. A defesa alega que a morte da criança foi um acidente, argumentando que a criança teria caído da cama e sofrido uma infecção viral subsequente. Contudo, os promotores sustentam que as evidências indicam que a causa das lesões foi, de fato, o abuso físico.
Atualmente, um grupo de especialistas e políticos questiona a condenação, apontando que as lesões na criança podem ser compatíveis com pneumonia, e não com traumas causados por sacudidas. Esse grupo pede a reversão da pena, enquanto o tribunal reafirma que a decisão sobre a execução pode ser revista, mas que o testemunho dos deputados não pode atrasar o processo. O debate sobre a validade da ciência usada no julgamento continua, com especialistas divididos sobre as provas e a teoria envolvida no caso.